Impressionante a mistura de gerações no Japão: desde a moderníssima Tokyo até os templos e antiguidades que se espalham por todas as cidades de lá. Por isso, quando fiquei sabendo mais sobre os Ryokans não tive dúvidas que precisaria ficar hospedada em um desses, pelo menos uma ou duas noites.

A idéia é ter uma experiência autêntica da cultura japonesa. Esses são hotéis geralmente familiares, que resgatam a tradição de se dormir em tatame, de não entrar de sapato no hotel (muito menos no quarto), banho de ofurô, café da manhã tradicional no quarto, kimonos para se andar pelo hotel, etc.

O mais interessante é que quando você entra no quarto, não existe onde deitar. Ou seja, depois de uma tarde de passeios por templos e de a coluna estar acabada, a única saída é deitar no chão. Eles só colocam a roupa de cama no tatame por volta das 19h.

Existem vários tipos de Ryokan, dos mais simples aos mais sofisticados, mas todos com a típica hospitalidade japonesa. É interessante checar antes de se hospedar se o quarto possui banheiro pois alguns possuem apenas banheiros comunitários, que apesar de limpos podem acabar se tornando em uma grande surpresa. Escolhi o que eu fiquei no site Ryokan Collection, que tem opções em diversas cidades japonesas.

Ao entrar no hotel tiramos o sapato e nos dão chinelos para usar. Para entrar no quarto, nem chinelos, só descalços mesmo. Recebemos nossos kimonos para usar no hotel

 

e agendamos o horário do jantar e do café da manhã, que é servido no quarto. E apesar de em várias vezes existir a opção ocidental disponível, estava ali para viver a cultura local, então fui no japonês mesmo. E isso inclui peixes, arroz, algas, sopas…

e até mesmo filhotes de enguia, para se comer com um pouquinho de shoyu por cima. Eu adorei! Todos os pratos são levados ao quarto por a mesma “camareira” que prepara a cama, que desfaz e que cuida diretamente de tudo que precisamos no quarto…

E como podem ver, por dentro também é super tradicional…