Como comentei ontem, fiz uma receita nova que encontrei no blog da Paula, o “Na Minha Cozinha”. Como ela mesma falou, a carne de cordeiro é de uma relação amor e ódio. Concordo pelo seguinte motivo: essa é uma carne que ou você ama ou você odeia. Eu estou no time dos que amam. Adoro mesmo e quando posso escolher a carne de cordeiro é sempre a primeira opção. Em churrascarias rodízio é basicamente a única carne vermelha que como (acabo sempre focando nos frutos do mar).
Mas isso nem sempre foi assim: quando eu era criança era do time que odiava carne de cordeiro. Não sei se pelo fato de ver matarem o carneiro na fazenda algumas vezes, mas a verdade é que não conseguia comer. Lembro uma vez que um tio meu achou que fosse algo da minha cabeça e me deu um pedaço de picanha dizendo que era carneiro e um pedaço de carneiro dizendo que era picanha. A resposta veio de bate-pronto: “O carneiro está muito bom! Não gostei da picanha”. E essa foi a prova que: 1)Realmente não gostava de carne de carneiro 2) Paladar apurado desde criança rsrs
Passou-se um tempo e depois de muita insistência, comecei a gostar dessa carne. Não só gostar, mas passou a ser a minha carne (vermelha) favorita. Quando vi essa receita no blog da Paula tive que fazer, não apenas por eu achar que a combinação ficaria perfeita, mas por que o meu marido ainda é do time que não simpatiza e os temperos com certeza dariam uma amenizada no sabor particular dessa carne. Digo amenizada pois o sabor do carneiro continua lá, a carne ficou suculenta, saborosíssima, e o molho perfeito.
A receita é da sogra da Paula, minha tia. Fiz com uma picanha de cordeiro que comprei no Santa Luzia. Como somos apenas dois aqui em casa, a paleta inteira (que é o indicado na receita original) seria demais. Com certeza farei denovo! Obrigada à Paula e à Tia Elvira!
Servi com a polenta que comentei nesse post, feita com caldo de carneiro.
Ingredientes:
350g de picanha de cordeiro
1 alho inteiro, com os dentes limpos, sem casca
Ramos de alecrim
2 colheres de sopa de mostarda dijon (usei uma comprada na França temperada com estragão, mas pode ser qualquer uma do gênero. Na próxima vez usarei com grãos como sugerido na receita original)
1 xícara de vinho tinto
Papel alumínio
Modo de fazer:
Sobre um papel de alumínio num tabuleiro, cobrir a carne com a mostarda. Fazer furos e em cada furo colocar um dente de alho e pedaços de ramos de alecrim. Regar com o vinho tinto, fechar o papel alumínio e levar ao forno pré-aquecido a 180C (temperatura baixa para manter a carne suculenta). Como o meu marido não é fã de carne mal passada, deixei 50 minutos no forno, regando com o molho de 15 em 15 minutos. 40 minutos seria ideal para o meu gosto, já que prefiro carne mal-passada.