Quem me acompanha pelo instagram @yeswecook deve ter acompanhado a degustação que fiz no meio da semana na suíte presidencial do Hotel Tivoli: as safras 2001, 2009 e 2014 da lenda chilena Almaviva. Para quem AINDA não conhece o vinho explico: em 1997, Baronesa Philippine de Rothschild e Don Eduardo Guilisati Tagle (da Concha y Toro) fizeram um acordo com a intenção de criar um vinho premium franco-chileno, o qual chamariam de Almaviva. Em 1998 foi lançado.
Atualmente no Chile não existe classificações oficiais de vinhos, mas o lançamento desse corresponderia ao que chamamos na França de “Premier Grand Cru Classé”. O vinho é feito de um blend de clássicos de Bordeaux, no qual Cabernet Sauvignon predomina.
Todo o menu do evento era bem brasileiro, para harmonizar com as diversas safras. E algo unânime na mesa: como um único vinho poderia ter sabores tão complexos e variados no decorrer das safras oferecidas.
Sem dúvida alguma a de 2001 estava 100% pronta para ser degustada, com cor rubi intenso, com taninos maduros. 17 meses em barricas.
Já a de 2009 com taninos mais finos, também muito elegante na boca, com aromas de cassis e frutas vermelhas.
E enfim a recém lançada safra de 2014, também bastante complexo, mas que ainda aceita e merece uma guarda muito maior. Aromas de cassis, grande corpo e intensidade, taninos redondos, maduros e finos. Produzido a partir de uma colheita extraordinária, segundo os produtores.
E todos harmonizando perfeitamente não apenas com os pratos, mas com a vista fenomenal de São Paulo que o topo do hotel oferecia. Um vinho com alma… Viva!