É unânime: qualquer pessoa que acompanha o mundo da gastronomia sabe que o Mesa SP é o evento do ano, organizado pela revista Prazeres da Mesa, não apenas para chefs, blogueiros e jornalistas gastronômicos: todos os foodies e amantes de uma boa comida entendem do que estou falando!
O evento tem três dias (parece que ano que vem pensam em aumentar para quatro, tomara!) e é dividido em vários tipos de atividades: desde jantares magnos preparados em conjunto por vários cozinheiros estrelados até aulas sobre os mais variados temas, por chefs do mundo inteiro. Já falei bastante desse evento nos anos anteriores, não é novidade para quem passa por aqui, mas esse ano foi mais especial do que nunca: uma palestra com vários dos G11, os melhores chefs do mundo, que representam o Basque Culinary Center. Ferran Adria, Gaston Acurio, Rodolfo Gusman, Michel Bras, Alex Atala, Joan Roca, Yukio Hattori, Kamilla Seidler estavam por lá, todos juntos. E defendiam uma mesma causa: a biodiversidade, pequeno produtor e a origem dos alimentos.
Segundo o que o chef Alex Atala explicou, lá não é apenas uma escola de culinária: eles querem formar um profissional mais completo, com aprendizado profundo sobre ingredientes, natureza, origens, física, química e tudo que possa ser relacionado. A platéia toda foi ao delírio com essa palestra…
Esse ano a organização fez o espaço farofa com diversos estandes vendendo produtos e pratos deliciosos para serem degustados por lá e um espaço de foodtrucks diversos. Não resisti, apesar da comilança nos coqueteis, aulas e degustações, e acabei provando um ceviche. Um não, dois! 😉
E depois de muitas e muitas aulas, muito aprendizado, muita novidade, o evento foi encerrado com chave de ouro. Alberto Landgraf do Epice, um dos melhores restaurantes da América Latina, foi o penúltimo com uma camiseta de quem sabia que estava aguardando um mestre: I love NY and Michel Bras, afinal seria ele a encerrar o evento. Alberto brilhor mostrando como faz o menu atual do seu restaurantes e como reaproveita o lixo do Epice para fazer adubo para suas ervas.
Daí a lenda veio ao palco, um dos chefs que mais serve de inspiração para os contemporâneos atuais, um gênio: Michel Bras.
Apesar de nunca ter ido em seu restaurante (que passei a sonhar um dia conhecer), acompanho suas criações geniais. Depois da palestra, passei a entender o porquê de tanta admiração nesse meio gastronômico: ele é uma pessoa muito, muito simples! E toda complexidade de seus pratos é apenas a tradução de todo amor – que ele de fato transparece – pela gastronomia. Ele disse que em seu restaurante sua esposa está sempre lá para receber os clientes com um sorriso tão natural que eles são na verdade vistos como amigos, como alguém que os está visitando. Toda essa atmosfera reflete no paladar e num conjunto de sentimentos que o faz de fato um gênio. Depois de conhecer muitos chefs, esse sem dúvidas foi o que mais me impressionou, não apenas pelas criações mas pela maneira que ele lida com tudo isso. Aplausos! Muitos! De pé!
Aguardando ansiosamente pela Semana Mesa SP 2015!!! Contagem regressiva iniciada!