Essa semana tive que ir ao Chile a trabalho. Dia super corrido e cheio de reuniões, e à noite claro que precisava da culinária local para relaxar… E se a culinária local fosse apresentada de uma maneira única e incrivelmente sensacional, remetendo ao que muitos chamam de gastronomia molecular, sendo os pratos EXTREMAMENTE saborosos, temperados, criativos e únicos? Fui com a minha amiga Cris conferir…
Foram muitas e muitas fotos, mas não podia perder um clique desse jantar sensacional. E anotem: IMPERDÍVEL quando estiverem em Santiago!
Logo na entrada do restaurante vemos muitas folhas secas espalhadas, como parte da decoração. Já vemos que trata-se de um lugar diferente.
E a cozinha, totalmente aberta ao público, com bonsais (esses vasinhos de planta) enfeitando… Hein??
O restaurante não tem cardápio, a única opção é um menu degustação composto por 8 pratos, que podem ser harmonizados com vinho. Fomos em frente super ansiosas pelo que viria pela frente. E antes da sequencia começar, o couvert já surpreende: o que parecia ser um vasinho de plantas para enfeitar a mesa (ora, eles usam bonsai na cozinha, por que não um vasinho no couvert?)….
…era na verdade um pesto local (lembrou bastante uma pasta de berinjeta absurdamente boa e super temperada) coberta com farelo de pão desidratado que qualquer um diria que era terra.
A tal pasta era para ser comida com pães que vinham nessa embalagem fofa da foto lá de cima!
Além disso, umas cenourinhas que vinham em uma fumaça que dava um sabor defumado delicioso, a frio (a fumaça não dá para ver direito na foto, mas ela estava lá…
…e outros ingredientes típicos de lá que não saberia traduzir. Um deles, lembrava uma folha de alcachofra para comermos a ponta, com um gosto que lembrava jaca e mini sementes. Esses “bolinhos” dentro do balde são feitos com uma batata típica de lá, são mais de 300 variedades na região
E eis que chega o primeiro prato do menu, e a surpresa: os tais bonsaisnão estavam lá para decorar a cozinha… Eles serviram de apresentação para essas frutinhas penduradas, com um tipo de pera local, cobertas com castanhas locais! Uma fofura…
E dando sequencia ao menu, o segundo prato era um contraste de legumes crus, com molho de cozimento ao extremo, quase queimado, que parecia uma lama… Super diferente (e delicioso)!
Depois veio um prato que parecia um tronco com cogumelos crescendo. Tratava-se de um tipo de risoto com cogumelos típicos da região, sensacional!
Depois, um prato realmente MARAVILHOSO, que para variar, como os outros, não conseguimos identificar o que era ao olharmos. À primeira impressão, parecia uma pedra no meio do prato, mas aí explicaram que tratava-se de um peixe com um tipo de carvão que dava um sabor defumado em volta….
Aí colocavam um caldo de peixes (maravilhoso) no prato e a gente comia os dois juntos. O caldo ficava preto por causa do tal carvão, mas era tão bom que acabou não dando tempo acabei esquecendo de tirar a foto para mostrar…
Depois, bem… Vejam só a imagem que tínhamos da mesa para esse prato:
Essa fumaça gerava um cheiro pela mesa, que acompanhava para comermos o prato… E depois de a fumaça baixar pudemos comer o prato, uma costela cozida na baixa temperatura com acompanhamentos e ingredientes da região.
Até que chegou a hora da sobremesa… O garçom deixou o prato na mesa e não nos contou o que era, teríamos que adivinhar. E CLARO que não adivinhamos! Tratava-se de um sorvete de sementes de carvalho, e esses “tronquinhos” que a gente achava que eram banana-passa (o gosto era bem parecido, apesar de a textura não) eram na verdade: cenouras!!!
A segunda sobremesa era colorida, parecia um bosque: marshmallows de ovelha, com murtilla…
E a terceira sobremesa era uma bolinha que parecia uma bola de sorvete, chamada “frio glacial”. Mas claro que eles não terminariam um jantar tão surpreendente dessa forma…
E olha o que aconteceu quando fomos comer o tal sorvete: era na verdade um ganache de um chocolate simplesmente FANTÁSTICO! Que final de jantar, realmente maravilhoso…