Desde pequena eu sempre adorei brincar de misturar coisas, sejam comestíveis ou não… Um dos meus passatempos favoritos era um kit de alquimia com experimentos químicos. Lembro que ganhei o tal kit que era recomendado para crianças acima de 10 anos quendo tinha apenas 6 e fui proibida de usar, para minha frustração… Até que quando fiz 7 anos, de tanto insistir, me deixaram usar o tal kit e passei a me sentir uma cientista. Eu SEMPRE gostei de fazer misturas, criar e principalmente: conhecer coisas novas!
O gosto pela mundo mágico da gastronomia foi consequência, já que minhas avós sempre foram magas na cozinha, misturando ingredientes e fabricando um resultado final que ficaria na lembrança de qualquer um. E se pararmos para pensar, a cena lembra mesmo um feitiço, algo encantado… Afinal, essa história que muitos usam de fisgar alguém pela barriga não lembra uma receita mágica, daquela de desenhos animados? E digo mais, a magia também é feita por fadas, e assim considero as minhas avós!
Por isso, quando descobri o livro As Receitas Amorosas de uma Feiticeira, comecei a contar os dias para tê-lo na minha estante. O livro trata as receitas como feitiços, tendo cada uma um propósito. Mostra também a explicação sobre diversos ingredientes, apesar de muitos deles não serem facilmente encontrados… Afinal, feitiço que se preze precisa ter ingredientes exóticos e pouco acessíveis né?
Essa semana, ganhei da Ed. Bocatto o tal livro. E de fato é uma fofura! A sinopse já diz tudo:
“Desde a Idade Média as feiticeiras manipulavam ervas medicinais, prestavam serviços espirituais e preparavam magias para conquistas amorosas. Muitas mulheres foram condenadas à fogueira por conseguirem transformar poucos ingredientes em deliciosos e apetitosos manjares. Neste livro, Brigitte, a feiticeira, revela muitas das receitas de seu “livro de magia do amor”.”
Para começar, aproveitando que o friozinho já chegou, decidi fazer uma sopa cremosa de camembert que faz o feitiço “Como se tornar inesquecível?”. “Assim que o camembert é acondicionado em sua caixa feita de álamo, com seus 11 cm de diâmetro, seus 3cm de espessura e sua fina crosta branca e aveludada, ele já tem três semanas de existência – o tempo de fabricação. Será provado estando curado (entre 21 e 22 dias) e estando no ponto ideal para ser consumido (30 a 35 dias). Mesmo para a sopa, esse queijo deve ser cuidadosamente escolhido. E, para sobremesas, por que não servir chocolate com camembert? Conhecido como diamante da Normandia, esse queijo é uma deliciosa especialidade regional. Esta é uma refeição para os mais ousados, uma maneira inteligente e audaciosa de impressionar o seu convidado e de se tornar inesquecível.”
Se o feitiço funcionou? Bem, não segui à risca a receita, para variar. Acrescentei caviar para decorar (e garanto que dá um sabor ainda mais especial…), noz moscada e alterei as quantidades. O resultado foi sensacional, uma delícia! O marido ficou suspirando, então diria que sim, deu super certo! Para comprar um livro como esse basta clicar AQUI (está em promoção!).
Ingredientes (para 4 porções):
1 batata grande sem casca, cortada em pedaços
1 cebola grande sem casca, cortada em pedaços
1 queijo camembert
1 pote de queijo cremoso com ervas (usei um com ciboulete)
1 l de água
1 colher de sopa de leite em pó (a receita pedia meia lata mas o leite tiraria todo gosto da sopa, 1 colher de sopa é suficiente)
Sal e pimenta do reino a gosto
Noz moscada a gosto / Azeite extra-virgem e caviar para finalizar
Modo de fazer:
Em uma panela, colocar a água, batatas, cebolas e temperar com sal, pimenta do reino e noz moscada. Levar ao fogo médio por 30 minutos. Depois bater no liquidificador. Em uma frigideira, colocar os dois queijos por cerca de 4 minutos ou até derreter. Juntar o queijo à nistura de liquidificador e bater novamente. Esquentar na hora de servir e adicionar o leite em pó, se estiver muito grossa, adicionar um pouco mais de água. Importante, depois de acrescentar o leite em pó não aquecer novamente a sopa para não talhar. Finalizar com azeite e caviar. Enjoy!