Continuando a minha viagem para o Chile na semana passada, ainda cheia de lembranças. A vinícola completou 150 anos e realmente me surpreendeu positivamente. Apesar de os rótulos mais conhecidos aqui no Brasil serem os reservados, eles possuem “vinhaços” também, daqueles de guarda, para se esquecer na adega por muitos anos e suspirar quando for abrir e diversos outros rótulos super especiais ainda não muito conhecidos por aqui, que falarei mais para frente, em outro post.

Foram várias descobertas durante a viagem. A principal uva produzida pela vinícola é a Cabernet Sauvignon (cerca de metade da sua produção de tintos é dessa uva), e ao contrário do que eu pensava, é a principal produzida no Chile também (não, não é a carmenére!)… E cerca de 80% do que eles produzem é de vinho tinto (eu particularmente não entendo o porquê de tantas pessoas não curtirem MUITO um branco geladinho nesse calor infernal que tem feito aqui no Brasil… Tem sido minha pedida frequente, sempre que posso escolher. Apesar disso, acho que aos poucos o gosto do Brasileiro tem mudado e cada vez mais vemos uma boa aceitação de brancos/rosés). Falando em brancos, descobro que são os que mais de adequam a oscilações de temperatura. A produção deles fica em Casa Blanca, mas isso eu contarei mais também em um novo post…

O Canadá é o principal país para onde eles exportam, seguido em seguida de Brasil. Também enviam para USA, China, México, totalizando cerca de 90 países no total (imaginem a quantidade!).

Visitamos a plantação, que fica em Totihue, uma outra cidade (que mostrei no post anterior). Essa infelizmente não é aberta ao público. Mas visitamos também o escritório central que fica em Santiago, e esse sim é aberto à visitação. Fomos lá à noite, o que também foi algo super exclusivo já que a vinícola só abre à noite para eventos fechados, como casamentos. Foi sem dúvidas um dos jantares mais especiais que já tive, com seus vinhos super premiados: Luis Pereira e Herencia; e com a presença de Santiago Larrain, o dono da vinícola.

E o menu tão personalizado e exclusivo, que tinha meu nome nele: Maria Cecilia (sim, tenho Maria no nome!)

E claro que o ponto forte foram os vinhos, os carros-chefe, perfeitamente harmonizado com os vinhos servidos.

Esse da foto, Luis Pereira, foi sem dúvidas o grande destaque da viagem (tive que comprar um para mim, veio na mala e está à espera de uma ocasião bastante especial para ser aberto). Não é fácil de encontrar mas às vezes a Casa Flora em São Paulo tem algumas garrafas. 12,8% de alcool; 90% Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc, 2% Malbec e 3% outras. Taninos muito suaves, na boca aromas de frutas vermelhas e noz moscada. Eles recomendam decantar por duas horas e servir a 16C.